Geodiversidade de Caçapava do Sul é destaque no segundo dia de visitas da missão de avaliação do geoparque

Leandra Cruber

Geodiversidade de Caçapava do Sul é destaque no segundo dia de visitas da missão de avaliação do geoparque
A ampla visão da paisagem cênica despertou interesse em Antonino e Mahito. Foto: Nathália Schneider (Diário)Além das rochas milenares que contam a história da terra, a fauna e a flora endêmica são destaque. Foto: Nathália Schneider (Diário)A diversidade de cactos que dão até frutos comestíveis, também coloca o geoparque Caçapava em uma posição de destaque. Foto: Nathália Schneider (Diário)

A geodiversidade de Caçapava do Sul foi o destaque do segundo dia da missão de avaliação. Nesta terça (8), os avaliadores Antonino Matencio e Mahito Watanabe, que representam a Unesco, conheceram os principais geossítios do município, como o Parque Natural Municipal Pedra do Segredo, as Guaritas e o Capão das Galinhas.

No Capão, primeiro local do roteiro, a ampla visão da paisagem cênica despertou interesse em Antonino e Mahito. 

— Essa paisagem tem muita qualidade. Poderia ter um café aqui, uma estrutura para as pessoas aproveitarem o pôr do sol. Tomar um mate que vocês gostam. Se divertir com as maravilhas locais — ressalta o avaliador da Espanha. 

A cidade é a Capital Gaúcha da Geodiversidade, e além das rochas milenares que contam a história da terra, a fauna e a flora endêmica, como a diversidade de cactos que dão até frutos comestíveis, também coloca o geoparque Caçapava em uma posição de destaque. De acordo com o geólogo Felipe Guadagnin, que faz parte da coordenação científica do projeto, o desafio é popularizar a ciência para que todos compreendam a riqueza natural da cidade. 

— Popularizar a ciência é um desafio comum. Mas, no Caçapava Geoparque, esse é um objetivo que queremos muito alcançar. É importante que a comunidade reconheça e até saiba explicar porque locais como a Toca das Carretas, por exemplo, são tão incríveis — explica Felipe. 

Na Toca das Carretas, o arenito e conglomerados remontam um período entre 542 e 488 milhões de anos atrás.

— Se fecharmos os olhos e nos imaginarmos no período Cambriano, exatamente aqui nesse lugar, estaríamos, provavelmente, dentro de um rio — destacou André Borba, coordenador científico do Geoparque. 

Fotos: Nathália Schneider (Diário)

No Parque Natural Municipal da Pedra do Segredo, crianças e adolescentes aprenderam mais sobre a geodiversidade do município na prática. Os pequenos do primeiro e segundo ano do Ensino Fundamental do Instituto Maria Augusto de Lima Marques e os adolescentes do terceiro ano da Escola Estadual de Ensino Médio Nossa Senhora da Assunção também participaram da trilha. 

Segundo a gestora do parque, Jackeline Moreira, além da preservação de um dos maiores símbolos de Caçapava do Sul, a equipe incentiva a educação ambiental e a popularização da ciência: 

— Por muitos anos, as rochas eram vistas por produtores de gado como território improdutivo, sem valor. E ainda não tínhamos uma universidade próxima de nós, então, essa falta de alfabetização científica fez com que demorássemos para nos apropriar do nosso território. Agora, com a ajuda da Unipampa e da UFSM, a Pedra do Segredo é uma referência em pesquisa geológica, em esporte de aventura e em geoturismo. 

Confraternização 

Além de muita ciência, desde o primeiro dia, a missão de avaliação também tem espaço para a diversão proporcionada pelo intercâmbio cultural. Após o primeiro dia de visitas ao Caçapava Geoparque , que terminou com a apreciação do pôr do sol no Olivais Vila do Segredo, a equipe do projeto e os avaliadores Antonino Matencio e Mahito Watanabe brindaram para comemorar a missão. 

Locais visitados no segundo dia

Geossítio Capão das Galinhas 

Parque Natural Municipal Pedra do Segredo

Casa de Cultura Juarez Teixeira 

Clube Recreativo Harmonia (história e preservação da cultura afro-brasileira)

Geossítio Guaritas e Guaritas Hostel (observação do céu noturno do local)

Saiba como foi o primeiro dia de visitas ao geoparque Caçapava 

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